Azeite, herói ou vilão? Vamos falar sobre isso

Por Portal Opinião Pública 28/09/2023 - 12:16 hs
Foto: Divulgação

Dr. Luiz Marcelo Chiarotto Pierro

Quem não gosta de um azeite? Pode ser na salada, no tempero do prato, ou mesmo com pão e sal, como minha família sempre comeu. Mas o quanto é sadio?

Nesta época em que o azeite brasileiro foi premiado em campeonatos, seu uso requer moderação. Os benefícios são vários: presença de antioxidantes que protegem o coração, previne a diabetes por ser rico em gordura monoinsaturada, redução dos casos de melanoma e câncer de cólon, possui vitamina A e E que ajudam a manter uma pela bonita e auxilia na digestão. Outro benefício é auxiliar o sistema imunológico.

A revista “Nature”, em uma publicação a respeito do azeite, mostrou que o azeite extravirgem possui um composto anti-inflamatório natural que inibe a inflamação, do mesmo modo que o ibuprofeno, usado para dores de cabeça, garganta e musculares.

O problema é o excesso. Segundo a endocrinologista Dra. Gisele Scuso, o excesso de azeite, como acontece com qualquer outro alimento, pode trazer efeitos negativos ao organismo. Conforme orientação da OMS (Organização Mundial da Saúde), o consumo correto é até duas colheres de azeite por dia.

E qual azeite? Temos três tipos de azeite. O refinado, o virgem e o extravirgem. A diferença está na acidez de cada um. O azeite virgem tem acidez de 0,8% a 2%. Dê preferência ao uso do extravirgem, que possui menor teor de acidez dentre as opções e possui menos de 1g de gordura saturada. A acidez do extravirgem deve ficar em até 0,8%. Esta é uma ótima opção por ter maior quantidade de gorduras boas, mais nutrientes e maior benefício à saúde. Além disso, o extravirgem não passa por nenhum processo químico, somente mecânico. Isso faz com que seus nutrientes, assim como o gosto e aroma, sejam mantidos. A garrafa também ajuda. Quanto mais escura, mais preserva suas propriedades dos danos causados pela luz.

E aquela história que o azeite, se aquecido, faz mal? Depende. Ele irá perder suas propriedades se for aquecido por longos períodos e em uma temperatura acima de 175 graus. Por isso, o ideal é seu uso “in natura”.

Bom, como sempre recomendado, nada em excesso. O uso de azeite deve ter moderação, e a escolha do tipo de azeite influencia no seu benefício.

Na dúvida, procure um médico ou nutricionista.